O Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do Brasil, com mais de 100 mil membros e atuação em vários países europeus, está a fortalecer a sua presença em Portugal.
O PCC, conhecido por controlar o tráfico internacional de cocaína da América do Sul, utiliza Portugal como porta de entrada de drogas na Europa, especialmente através dos portos de Sines, Lisboa e Leixões.
Segundo Guilherme Derrite, Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Portugal tornou-se um centro de operações para o PCC devido à sua moeda forte e posição estratégica para a distribuição de drogas no continente. Derrite, que esteve recentemente numa conferência no Porto, alertou para a presença de células ativas da organização no país e para as suas atividades de lavagem de dinheiro.
Um relatório do Serviço de Informações de Segurança (SIS) português revela que cerca de mil pessoas com ligações ao PCC residem em Portugal. O grupo é acusado de envolvimento em centenas de homicídios e motins em prisões.
Lincoln Gakiya, especialista em crime organizado no Brasil, afirmou ao jornal Público que “o PCC está a multiplicar-se em Portugal” e que a sua presença no país é para durar.
As autoridades portuguesas já identificaram pelo menos 20 reclusos com ligações ao PCC nas prisões do país. A crescente influência do PCC em Portugal representa uma séria ameaça à segurança nacional, exigindo atenção e ação das autoridades.